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sábado, 23 de julho de 2011

Não foram os vulcões a extingir a vida marinha


A extinção de metade da vida marinha na Terra que ocorreu há 201 milhões de anos deveu-se a uma libertação enorme de metano na atmosfera e não a um incremento da actividade vulcânica. 

Um grupo de investigadores concluiu que a destruição da vida marinha, durante as rápidas alterações climáticas no período em que se fragmentou a Pangeia (nome dado ao continente único que, segundo a teoria da Deriva continental, existiu até há 200 milhões) correspondeu a uma gigantesca libertação de metano para a atmosfera, revela este sábado a revista "Science".


A investigação, liderada por Micha Ruhl, da
Universidade de Utrecht, na Holanda, contraria o último consenso da comunidade científica de que, durante esse período geológico, a intensa actividade vulcânica causou alterações de clima que levaram à extensão em massa de espécies marinhas.

As plantas terrestres criam uma capa de cera sobre as suas superfícies aéreas que é fundamental para a sobrevivência em ambiente terrestre. Micha Ruhl e a sua equipa criaram um registo dos isótopos de carbono contidos nessas ceras.

Os investigadores determinaram que, num período de 10 mil a 20 mil anos, durante a extinção da vida marinha no final do Triásico, entre 12 mil e 38 mil, gigatoneladas (medida equivalente a mil milhões de toneladas) de metano foram libertadas para a atmosfera.

O metano é um hidrocarboneto alcalino mais sensível que está presente em forma de gás incolor e inodoro a temperatura e pressões normais.

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