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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Tap quer Portela sem low cost

O presidente da TAP quer que «todas as low cost – (companhias aéreas de baixo custo) – sejam transferidas para o novo aeroporto complementar de Lisboa». Isso é essencial para o crescimento da TAP não ser condicionado pelo cancelamento da construção do novo aeroporto de Alcochete, diz ao SOL o gestor. A easyJet inaugurou um novo centro de operações em Lisboa no dia 19 de Abril.

Com cada vez menos espaço no aeroporto de Lisboa, Fernando Pinto revela que «já este ano, tivemos de alterar o nosso sistema de horários para conseguir acomodar o crescimento previsto de frequências e das novas rotas». A construção do novo aeroporto em Alcochete visava responder a estas necessidades. Mas a empreitada foi cancelada pelo Governo, «por razões compreensíveis» [crise económica]. A alternativa será arranjar uma infra-estrutura de apoio à Portela, que atinge a saturação em 2017.

O gestor quer a transferência da operação das low cost para que «a TAP tenha condições de continuar a crescer em ambiente de concorrência equilibrada».

A localização da nova infra-estrutura será anunciada no próximo mês pela tutela. Contudo, o Governo não pode obrigar nenhuma companhia a abandonar a Portela.

Fernando Pinto defende a manutenção do centro de operações em Lisboa, um «hub fundamental para a TAP, mas também para Portugal, pois foi através dessa placa giratória que o aeroporto da capital se valorizou na última década». A TAP será privatizada, até ao final do ano, e há o receio de o novo dono retirar o hub de Lisboa. O comprador será escolhido até ao final do primeiro semestre. IAG (Reino Unido-Espanha), Latam (Brasil-Chile) e Avianca (Colômbia) são os principais interessados.

A venda permitirá ao novo accionista aumentar o capital da TAP, algo que o Estado não pode fazer há 15 anos por impedimentos comunitários. A operação não deve garantir um encaixe significativo: a empresa valerá entre mil e 1,2 mil milhões de euros, suficientes apenas para cobrir a dívida total da empresa. No entanto, a venda «é importante para aumentar a capacidade de investimento e a resistência nos anos mais difíceis», afirma Pinto.

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