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quarta-feira, 2 de maio de 2012

18.500 endereços em .pt em apenas 8 horas

Aquando do anúncio da liberalização, Pedro Veiga, presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional FCCN), previu uma corrida aos endereços terminados em .pt. Os números confirmam essa mesma corrida: em março e abril, os dois meses do período de sunrise, que dava às empresas que operam em Portugal a possibilidade de registarem endereços relacionados com as marcas que detêm, foram registados 17.513 endereços; nas primeiras oito horas de 1 de maio, o primeiro dia do registo de endereços totalmente liberalizado, mais de 18.500 endereços foram registados em .pt.

Depois de um período de desativação iniciado às 18h00 de 30 de abril, a liberalização arrancou às 9h00 de hoje. Na primeira hora, foram registados mais de 6000 endereços. «Verificámos que a plataforma sofreu um abrandamento pouco depois do início da liberalização de endereços, mas não houve nenhum crash do sistema. Procedemos atempadamente a um reforço da plataforma para precaver qualquer problema durante o registo de endereços», explicou Pedro Veiga, quando inquirido pela Exame Informática.

O presidente da fundação que gere e supervisiona o registo de endereços de Internet em Portugal acrescentou ainda que grande parte dos novos endereços resultou dos registos prévios de registrars - as entidades especializadas no registo de endereços e alojamento de sites que procederam ao registo de forma automática através do protocolo EPP.

Pedro Veiga admite que alguns dos novos endereços sejam abusivos por desrespeitarem as restrições que limitam o uso de nomes de cidades, por serem parecidos com outros já existentes, ou apenas por serem ofensivos. «A nossa equipa verificou que houve alguns endereços registados que, aparentemente, não respeitam estas restrições, mas para evitar sobrecarregar o sistema neste primeiro dia de maior afluxo, só amanhã vamos analisar esses casos e recusar aqueles que justifiquem ser recusados», refere Pedro Veiga.

O responsável da FCCN lembra ainda que os responsáveis pelos registos recusados podem recorrer aos centros de arbitragem de conflitos Arbitrare, caso considerem que as recusas são injustificadas. A estes casos de potencial conflito poderão juntar-se outros desencadeados posteriormente, por empresas ou organizações que considerem que algum dos novos endereços fere os seus interesses comerciais. Também nestes casos, os queixosos deverão recorrer aos centros Arbitrare, recomenda Pedro Veiga.

A Internet está a crescer

A liberalização do domínio .pt arrancou com preços de 22 euros/ano para cada endereço. Quem optou pela modalidade de cinco anos teve de desembolsar 65 euros.

Antes do período de sunrise, iniciado em março, havia 382 mil endereços registados em .pt. A FCCN estima que, nessa altura, apenas 200 mil desses endereços estavam ativos.

Durante os dois meses de sunrise foram registados 17.513 endereços. Se a este número se juntarem os 18.500 das primeiras oito horas de liberalização, verifica-se que, em dois meses e oito horas, a “Internet portuguesa” cresceu 9,4% face ao total de endereços registados (382 mil). Estes mesmos números permitem ainda concluir que, nas primeiras oito horas de liberalização, o domínio .pt teve um crescimento de 4,8% face ao total de endereços que se encontravam registados anteriormente.

O processo de liberalização do registo de endereços em .pt teve início em 2001, conhecendo desde esse ano avanços e recuos. Em 2007, a medida chegou a constar no programa Simplex, mas nunca chegou a avançar - até ao dia de hoje.

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