A marca de azeite Gallo está a ser contestada no Brasil por causa de uma campanha de publicidade que tem por objectivo promover a sua nova embalagem em vidro escuro.
A frase em questão, veiculada num anúncio impresso, diz: "Nosso azeite é rico. O vidro escuro é o segurança." A afirmação feita no anúncio envolve racismo, segundo a parte reclamante (cujo nome não foi revelado), que se dirigiu ao Conselho que regulamenta a publicidade no Brasil, o Conar.
A detentora da marca Gallo, por seu lado, limitou-se a confirmar a existência do processo, acrescentando que não fará declarações até que o caso seja julgado.
"O assunto está sob julgamento e não temos nada a declarar neste momento", afirmou a empresa numa nota enviada à agência Lusa. A AlmapBBDO, empresa brasileira responsável pela criação do anúncio, confirmou à Lusa ter recebido uma notificação sobre a contestação, ainda em 2011, mas também disse que não comenta o assunto.
O Conar é uma organização não-governamental criada e mantida pelas próprias agências de publicidade do Brasil. Os participantes comprometem-se a cumprir o Código de Ética do setor, criado na década de 1970, quando o setor publicitário corria o risco de ser submetido a uma censura prévia imposta pelo governo
militar da época.
A contestação relativa aos anúncios publicitários pode ser feita por consumidores, concorrentes ou autoridades públicas que se sentirem ofendidas ou lesadas.
A contestação é avaliada pelo Conselho de Ética do órgão, que solicita aos envolvidos a apresentação de uma defesa.
A data para o julgamento do caso que envolve a marca de azeite portuguesa Gallo ainda não foi marcada.
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