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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Facebook perde 16 mil milhões na 1ª semana de bolsa

Acções do Facebook começaram a negociar há apenas uma semana, mas têm deixado investidores com os nervos à flor da pele.

Na primeira semana em bolsa, a maior rede social do mundo - que o IPO avaliou em 104 mil milhões de dólares -, perdeu 16 mil milhões de dólares, o equivalente, por exemplo, à capitalização conjunta da Galp e da Portugal Telecom.

Em termos de liquidez, os primeiros cinco dias de negociação também foram muito agitados. Quão agitados? Segundo os dados da Bloomberg, a negociação média diária desde sexta-feira ascendeu até agora aos 163 milhões de títulos, num total de 815 milhões de transacções na semana. Isto equivale ao dobro das acções do Facebook que foram colocadas em bolsa na passada semana.

As críticas e dúvidas continuam, no entanto, a marcar o ritmo bolsista da maior rede social do mundo, depois de os títulos terem afundado mais de 16% desde a estreia na praça tecnológica Nasdaq. Hoje os títulos voltaram a recuar 3,88% para 31,75 dólares.

"Subir o preço e o número de acções foi claramente um erro", referiu Michael Shaoul, ‘chairman' da Marketfield Asset Management, à Bloomberg. Para Brian Wieser, outro especialista de mercado, "os investidores estão a aperceber-se dos riscos associados à acção do Facebook. Foi atribuído um preço para a perfeição no IPO e isso foi claramente irrealista".

A curta história do Facebook para os investidores também está longe de ser positiva. Alguns accionistas já processaram mesmo a empresa e o sindicato responsável pelo IPO, acusando o Morgan Stanley (entre outros bancos) e o próprio Facebook de terem escondido informações relativas a fracas previsões de crescimento da empresa. Os accionistas falam de "uma severa e pronunciada redução" das estimativas de crescimento das receitas", que não foi transmitida aos investidores. O processo também envolve o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg.

Estes pontos menos transparentes colocaram dois reguladores norte-americanos em alerta. A SEC e a FINRA adiantaram a meio da semana que estão a analisar se o Morgan Stanley, o principal assessor do IPO do Facebook, partilhou informações negativas sobre a empresa com os clientes nos dias que antecederam a estreia em bolsa. Em sua defesa, o banco argumentou que "seguiu os mesmos procedimentos no IPO do Facebook daqueles que segue em todas as outras operações de colocação em bolsa".

"Houve da parte dos accionistas do Facebook uma ganância. A empresa veio cara para o mercado", comentou Pedro Pintassilgo, gestor da F&C Investment Portugal. ""As pessoas e os comentários que vamos ouvindo são muito depreciativos sobretudo para o Morgan Stanley, o principal colocador do Facebook em bolsa", declarou o responsável.

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