As afirmações foram feitas numa entrevista publicada hoje pelo Guardian, onde o co-fundador do motor de busca defende que há «forças muito fortes que se alinharam contra a Internet aberta em todos os lados e em todo o mundo».
Definindo a situação actual da Internet como «assustadora», Sergey Brin critica não só os governos que implementam mecanismos de censura e controlo dos conteúdos on-line, mas também o sector do entretenimento, nas suas tentativas de atacar a pirataria informática.
Sobre as polémicas leis anti-pirataria que estão a ser debatidas nos EUA e envolvem a indústria do entretenimento, nomeadamente as relacionadas com o encerramento de sites, o co-fundador da Google definiu-as como «um tiro no pé ou talvez ainda pior do que um tiro no pé», pois argumenta que vão levar os EUA a implementar tecnologias semelhantes às utilizadas em países como a China para monitorizar a Internet, algo que tem sido criticado no passado.
Sergey Brin acrescentou que «eu não o experimentei durante muitos anos, mas quando vamos a um site de conteúdos piratas escolhemos o que queremos. Faz-se o download para o dispositivo que escolhemos e resulta. E quando temos de passar por todos estes obstáculos [para comprar conteúdos legítimos], as barreiras criadas são dissuasoras paras as pessoas comprarem» esses conteúdos.
O co-fundador da Google acusa ainda empresas como o Facebook ou a Apple de terem espaços fechados, onde controlam o que pode ser lançado nas suas plataformas.
Para Sergey Brin, este tipo de práticas poderá provocar problemas na inovação e argumenta que «há muito que pode ser perdido. Por exemplo, toda a informação nas aplicações – essa informação não pode ser rastreada por indexadores Web. Isso não pode ser pesquisável».
Na entrevista ao diário britânico Sergey Brin atacou ainda o Facebook por «ter regras bastante restritivas» e por dificultar o trabalho aos utilizadores dos seus serviços que pretendam sair para serviços concorrentes.
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