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terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lâmpadas economizadoras prejudicam meio ambiente

As lâmpadas economizadoras têm muitos benefícios para o utilizador, mas podem ser muito prejudiciais para o meio ambiente se não forem devidamente recicladas, alertou um responsável na empresa de lâmpadas Sylvania.

"A nível energético, consumem menos e em mais tempo. Mas para o planeta, a lâmpada económica trás mais malefícios do que a incandescente porque na sua produção são utilizadas matérias que depois têm de ser recicladas, enquanto as antigas não tinham esse problema para o meio ambiente", disse Paulo Jorge, responsável pela área projecto naquela empresa.

Afirmando que "há muitas lacunas na informação transmitida ao mercado" quanto às lâmpadas economizadoras, Paulo Jorge insistiu que é "essencial" fazer-se uma "reciclagem correta".

"Se existir uma reciclagem correta, a lâmpada trás benefícios. Se não, trás problemas. Tudo depende da consciência das pessoas", afirmou.

Em causa está o mercúrio que algumas empresas ainda utilizam na produção daquelas lâmpadas e o trisfóforo, o seu principal componente.

O responsável considera que o controlo do destino das lâmpadas depois do seu fim de vida terá de ser feito pelas entidades oficiais junto das empresas que fazem essa reciclagem.

Ao consumidor basta-lhe colocar as lâmpadas que já não funcionam no contentor próprio ou nas lojas.

Para Paulo Jorge, o único "senão" para o consumidor poderá ser o preço, ligeiramente mais elevado do que o das incandescentes, que é explicado pelo aumento do preço do trisfósforo.

"O trisfosforo, o principal componente, está a escassear a nível mundial. Houve um aumento entre 10 e 40 por cento no valor das lâmpadas para o mercado só este mês", disse.

Para competirem com as lâmpadas económicas, começam a aparecer as LED, mas ainda são muito caras para o consumidor final.

"Para a maioria das casas não justifica o investimento. Elas são muito rentáveis para grandes utilizadores: escritórios, hotéis ou centros comerciais, que tenham utilização diária superior a 10 horas. Começa a compensar após 14 meses", afirmou.

Apesar de, numa habitação familiar, se sentir uma redução imediata do consumo na fatura, tem de fazer um investimento 10 a 15 vezes maior.

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