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terça-feira, 5 de junho de 2012

Um golo magistral

Google ajuda chineses a contornar censura

A Google começou a ajudar os cibernautas chineses a contornar os mecanismos de censura da Internet impostos pelo governo do país, aconselhando-os a escolherem outras palavras nas pesquisas que fazem no motor de busca da empresa

A medida entrou em vigor na semana passada e é mais um esforço no braço de ferro entre a gigante da Web e Pequim.

Desta feita, sempre que um cibernauta chinês tenta pesquisar no motor de busca da Google por uma palavra que possivelmente esteja na mira da censura local, a empresa aconselha-o a tentar uma alternativa.

Anteriormente, quando um utilizador chinês fazia uma pesquisa por um tema mais sensível ou proibido, como resposta tinha um site com a mensagem «indisponível» e a ligação à Internet era cortada temporariamente.

Numa mensagem publicada no blogue oficial da Google, a empresa refere precisamente que este corte temporário e o surgimento da mensagem em causa foram as razões que levaram à implementação da medida.

Segundo Alan Eustace, senior vice president da Google, depois das queixas apresentadas pelos utilizadores chineses a empresa resolveu analisar as buscas mais populares efectuadas no motor de pesquisa e constatou que os problemas estavam relacionados com um conjunto de palavras, que podiam ser consideradas mais sensíveis para o regime.

São algumas destas palavras que o motor de busca agora aconselha os utilizadores a não pesquisar, para não serem alvo do bloqueio temporário.

"Portugal é sucesso" - afirma Bruxelas

A aplicação do programa de resgate português é tido como «um caso de sucesso», mas o Governo enfrenta agora o desafio de proporcionar crescimento económico a longo prazo, segundo um analista de Bruxelas ouvido pela Lusa.

De acordo com Fabian Zuleeg, responsável pela pasta económica no Centro de Política Europeia, um dos mais prestigiados 'think tanks' (grupos de reflexão) com sede em Bruxelas sobre assuntos europeus, Portugal «tem implementado e cumprido aquilo com que se comprometeu» com a 'troika', pelo que merece o apoio e solidariedade das instituições europeias e dos restantes Estados-membros da União.

A «grande dificuldade» nesta fase, diz o analista, passa por «resolver os significantes problemas estruturais da economia», nomeadamente no que ao crescimento a longo termo diz respeito.

«Estamos a falar de temas que não estão definidos no programa atual. Este é um elemento essencial para reforçar a confiança dos mercados», sublinha Fabian Zuleeg.

Para o responsável do Centro de Política Europeia, Portugal é também um exemplo de «até onde se pode ir com a austeridade», embora a atual indefinição na Grécia e o «risco de contágio» que uma eventual saída da moeda única pode gerar tornem mais difícil a missão do Governo português.

«Ninguém sabe o que pode acontecer com um caos maior na Grécia», adverte o analista económico e político.